Na foto: Fundador do Santuário Sr. Denis Bourgerie trazendo a imagem dentro do avião para o Brasil.
A história da imagem Maria Passa na Frente!
Alguns dias antes de partir
para a França, Espanha e Portugal, o que habitualmente faço com meus
peregrinos, recebi, certa noite, um fax de uma senhora da França dizendo que
estava nos oferecendo uma imagem de Nossa Senhora. Pedia-me que eu respondesse
rapidamente se aceitava ou não porque ela ia viajar para Lourdes.
Até aquela hora não entendera
como ela descobrira o endereço da Associação Beneficente Maria Porta do Céu e
nem o porquê dessa doação. Percebi apenas, naquele momento, que algo do céu
estava por acontecer, porque, dentro de alguns dias, eu também estaria em
Lourdes, dirigindo uma peregrinação. E para o cristão, não há coincidência!
Não vacilei. Aceitei o
presente (e que presente!) e ousei pedir-lhe que me enviasse a imagem para
Lourdes no hotel onde ficaria hospedado. Os dias se passaram e chegamos àquela
extraordinária cidade da Mãe de Deus, Lourdes.
Mergulhados no clima de cura, emoção e alegria
que esse lugar sempre nos proporciona, vivemos momentos extraordinários, sem
perceber o tempo passar. Um dia, na véspera de partir, a dona do hotel
chamou-me para dizer que uma caixa muito grande me esperava na garagem. Corri
para ver e realmente fiquei abismado com o tamanho do presente. Temia que ele
não entrasse no bagageiro do ônibus; tiramos todas as malas e “ele” ocupou
inteiramente a parte transversal do bagageiro. Fui avisado de que a caixa tinha
sido feita por profissionais especializados e, por isso, precisaríamos de
ferramentas especiais para abri-la.
Deixamos Lourdes sem saber realmente “quem” estava dentro daquela caixa. O presente viajou dias e dias conosco até que, em Toledo, na Espanha, depois de almoçarmos rapidamente, eu e o motorista corremos para abrir a famosa caixa. Começamos a tirar os parafusos. E o tempo foi passando... De repente, começaram a chegar os peregrinos e cercaram-nos.
Depois de muita luta,
conseguimos levantar a tampa de madeira e descobrimos que havia uma outra
tampa, de isopor, e um outro tanto de bolas de isopor. Por trás disso tudo
havia, finalmente, uma imagem inteiramente embrulhada em plástico. Colocamos a
estátua em pé, num clima de grande expectativa, e fomos tirando o plástico que
envolvia a cabeça até que apareceu diante de nós a mais bela face que havíamos
visto numa imagem, a face de NOSSA SENHORA DA PAZ, que apareceu em Medjugorje.
Com seus olhos azuis, Ela nos olhava quase sorrindo. Fomos então tomados de
profunda emoção.
E começamos a chorar. Não
queríamos fazer mais nada senão permanecer diante dela, exultando de alegria,
chorando pela emoção de nos sentirmos tão amados!
Era Ela, a Mãe de Deus, que
vinha até nós com Sua habitual doçura, procurando um jeito de entrar em nossas
vidas... Estávamos diante da Mãe de Deus que, há 16 anos aparecendo em
Medjugorje, revelou-se como Rainha da Paz e nos disse: “Vim aqui como a Rainha
da Paz e quero enriquecer-vos com minha paz maternal. Queridos filhos, amo-vos
e quero levar todos a essa paz que só Deus pode dar e que enriquece cada
coração. Convido-vos a tornardes portadores e testemunhas da minha paz neste
mundo sem paz”.
No meio de tão grande emoção,
uma pergunta surgiu de repente: “Como Te levar para o Brasil?” E a angústia
quis tomar conta de mim quando me lembrei do que Ela mesma nos disse em
Medjugorje: “Afastei definitivamente toda a angústia. Quem se abandona a Deus,
não tem lugar em seu coração para a angústia. As dificuldades manter-se-ão, mas
elas servirão para o crescimento espiritual e renderão glória a Deus”.
Durante toda a peregrinação,
Ela não cessou de interceder por nós e dar-nos inúmeras alegrias.
Mas quase todos os dias eu
ligava para minha esposa para que ela providenciasse uma autorização especial
da Companhia Aérea Portuguesa para Maria entrar no Brasil!
Tínhamos só dois probleminhas: Ela era frágil demais para viajar no bagageiro do avião e grande demais para ficar comigo na poltrona. E o tempo foi passando... e o dia da nossa volta ao Brasil foi chegando. Finalmente achei a solução. Ela viajaria comigo, na minha poltrona. Pensei: “Ela é tão bela que as pessoas, ao vê-la, se emocionarão e abrirão todas as portas.”
Então disse: “Maria, passa na
frente!”
“Todos aqui estão rezando para
que Tu entres no Brasil! Não nos decepcione!
Passa na frente e abre os
caminhos!”
Finalmente chegamos ao
aeroporto. No balcão da companhia não faltaram funcionários que se emocionaram
com tão bela face. Mas eles perguntavam:
“Para onde vai essa imagem?”
“Comigo, para o Brasil”,
respondi.
E então eu ouvi o que temia.
“Impossível, senhor! Ela é
grande demais para viajar na cabine com os passageiros.”
Estava iniciada a batalha.
Lembrei-me naquele momento de
um de Seus conselhos maternais mais belos: “Quando os outros criarem
dificuldades, não vos defendais, em vez disso, rezai”.
E, apertando a imagem contra
mim, disse a Ela: “É o teu momento, passa na frente, vem em meu socorro!”
Então, de repente, veio-me a ideia de dizer que na classe executiva havia
espaço suficiente atrás da última poltrona para deixá-La em pé, sem atrapalhar
ninguém. A funcionária chamou o seu superior e, depois de longas negociações,
mudaram-me de poltrona para poder acomodar “Maria” atrás de mim. Mas havia uma
condição: o chefe da tripulação teria que dar a autorização final. Feliz,
voltei para junto dos peregrinos que se alegraram muito com a primeira vitória.
Mas essa alegria foi logo
estremecida porque eu fui barrado em seguida pela polícia. O responsável pela
polícia na alfândega exigia que Ela passasse pelo RX para detectar se Ela
escondia drogas ou armas. E isso era impossível, porque Ela não cabia no
aparelho. Naquele momento eu só ouvia meus peregrinos dizerem à polícia: “O
senhor acha que Nossa Senhora vai esconder alguma arma?” E todo o aeroporto
acompanhava as peripécias de Maria. E Ela me dizia como em Medjugorje: “Não
tendes necessidade de ter medo, porque vós sabeis que Jesus nunca vos abandonará
e sabeis que Ele vos conduzirá à salvação”.
Então eu disse ao chefe de
polícia que a imagem era oca e que isso podia ser visto por uma pequena fresta.
Ele exigiu que a deitássemos para investigar. Tiramos, então, nossos casacos e
sobre eles colocamos Maria no chão. Finalmente, ele se convenceu de que Ela não
era contrabandista e liberou-A.
Chegamos finalmente ao portão
de embarque! Ali, outra batalha começou, porque duas aeromoças não queriam
deixar-me tomar o ônibus que nos levaria até o avião. Depois de uma longa
conversa, tendo duas peregrinas ao meu lado que intercediam sem cessar, cheguei
até o ônibus e finalmente até o avião!
Entrei carregando Nossa
Senhora. E então o chefe da tripulação caiu em cima de mim sem piedade, como um
abutre, dizendo bem alto que aquela imagem não viajaria na cabine porque era
contra as normas de segurança. Suando de desespero, lá estava eu atrás d’Ela e
dizia: “Maria, passa na frente!”.
Tu dissestes: “Continuai a
esforçar-vos, sede perseverantes e tenazes. Rezai sem cessar”.
O chefe da tripulação parecia
um obstáculo intransponível. Mas devido ao seu tom de voz tão alto, pois ele
gritava, todas as portuguesas que viajavam no avião acabaram por ouvir e, de
repente, começaram a recitar o terço em voz alta intercedendo para que Maria
ficasse. Ah, mulheres portuguesas, mulheres de fibra, de garra, de fé!
Admiráveis, sensíveis, percebendo que se tratava de uma guerra, tiraram sem
preconceito de suas bolsas a ferramenta da vitória: o terço! Uma grande parte
do avião se pôs então a rezar o terço, e eu..., de pé, diante do chefe da
tripulação segurando a Mãe de Deus. Propus-lhe dar a Maria a minha poltrona.
Propus-lhe, como ex-piloto de linha, viajar na cadeira da tripulação, deixando
meu lugar a Ela.
Eu parecia ouvi-La dizendo,
como em Medjugorje: “Não percas o teu tempo. Reza e ama. Tu nem podes imaginar
o quanto Deus é forte”.
De repente chegou uma aeromoça
e tentou colocar Maria dentro do armário. Ela não entrou, é claro! Uma outra
disse: “Coloque a santa no banheiro!”
Fui correndo tentar essa
sugestão, mas a mão de Nossa Senhora bloqueava a fechadura da porta. Coloquei
meu casaco sobre a cabeça de Maria, empurrei a porta e ela se fechou.
O chefe da tripulação então me
disse: “Logo que o avião levantar voo, eu quero o banheiro livre!” Eu concordei
e fui sentar no meu lugar. Nesse momento o avião inteiro bateu palmas! Eram as
santas portuguesas que não haviam parado de rezar.
O avião decolou e eu não parei
de dar graças ao Senhor.
Apesar dos obstáculos dos
homens, Ela estava no meio de nós.
Uma vez que o avião estava
estabilizado, tirei Maria do banheiro e Ela viajou deitada sobre mim!
Durante a viagem, para meu
espanto e encanto, as portuguesas que estavam na classe econômica, começaram a
fazer fila para visitar Maria, que estava na classe executiva, e pedir uma
benção. Vocês podem imaginar essa cena?
Chegando finalmente ao Brasil,
no aeroporto, a Virgem Mãe foi aplaudida por todos e acariciada pelas crianças.
Apesar de tantos obstáculos, um a um Ela derrubou por terra, para estar no meio
de nós.
O que pode impedir uma Mãe de
encontrar seus filhos?
A Sua chegada ao Brasil foi
emocionante demais e a beleza dessa imagem é de uma grandeza fora do comum. Por
essa razão, uma das primeiras coisas que fiz ao chegar em Campinas foi enviar
um fax àquela senhora para saber a história da imagem tão bela, que fazia tanta
gente chorar.
E a resposta chegou: uma riquíssima mulher, na França, queria muito adotar uma criança. Depois de procurar na África e na Ásia, conseguiu realizar seu sonho encontrando uma criança brasileira. Para exprimir sua gratidão a Nossa Senhora, ela procurou um famoso escultor italiano, o mesmo que esculpira a conhecida estátua de Nossa Senhora da Paz ou Nossa Senhora de Tihalina, pedindo a ele que fizesse essa imagem no mesmo molde da estátua de Medjugorje. A primeira imagem foi solicitada ao escultor pelo Padre Jozo, a quem Maria aparecia diariamente (O Padre Jozo forneceu todos os detalhes de como Maria lhe apareceu. Ele já faleceu).
Assim, há hoje no mundo apenas
duas imagens de Nossa Senhora da Paz:
uma em Tihalina, com o Padre Jozo, e outra, pela graça de Deus, conosco, no
Santuário de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, em Campinas. A senhora pediu-me
que a imagem ficasse para sempre no Brasil.
Sim, Ela ficará porque Ela
mesma escolheu ficar nesta terra, para abrir um caminho de Paz no meio do Seu
povo, que é o povo de Seu Filho.
Quero testemunhar a você que,
desde a chegada da Rainha da Paz, temos recebido bênçãos extraordinárias: maior
gosto pela oração, mais paz nas famílias que oram a Ela e, em particular, minha
esposa e eu obtivemos a cura extraordinária de minha sogra que adquiriu uma
infecção extremamente grave. Foi operada quatro vezes em um mês e estava
completamente desenganada pelos médicos. Lançamo-nos aos pés de Maria rogando
um milagre e o milagre aconteceu!
Desejo dizer a você que hoje
passa por algum momento difícil, por um voo turbulento em sua vida: NÃO
DESANIME!
Tudo é possível para o nosso
Deus! Não olhe os obstáculos que estão à sua frente. Olhe para Jesus, olhe para
Maria e abandone-os, um a um, em Suas Mãos poderosas. “Quem se abandona a Deus
não tem lugar em seu coração para a angústia”.
Apegue-se a essas promessas
extraordinárias de vitória que Ela lhe dá hoje! E a paz entrará no seu coração!
E a Alegria virá! Você não pode experimentar a verdadeira Paz enquanto não aprender
a confiar na Rainha da Paz! Lance fora as suas preocupações, porque elas o
afastam de Deus e de Sua Mãe, Maria. A Rainha da Paz quer utilizar os meios por
nós jamais imaginados para entrar em nossas vidas, porque Ela quer nos fazer
conhecer a verdadeira Paz. Por essa razão, renove a sua esperança e diga à Mãe
que tanto o ama:
“Maria, passa na frente!” Tu
és a Rainha da Paz; dá-me, pois, esta Paz!
Denis Bourgerie
Caso tenha alguma indicação do texto: contato@mariadesatadoradosnos.com.br
Aguarde, em breve muito mais para você.